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1º FRANCISKATE - Um relato de Ezequiel Farias


Batalha de rimas e "Best Trick" de skate como alternativa para arrumar um "trocado" pro projeto 'Escola com Carrinho', dos estudantes do CED São Francisco que estão construindo um skate park dentro da escola. Esse foi o 1º FRANCISKATE que, com entrada franca o evento promoveu o movimento do skate, como também o do rap, hip hop, rock...Aqui Zeca, do Movimento Supernova, relata como foi, pra ele, a realização desse evento com seus companheiros.

- Dum rápido relato da experiência da sucessão -
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A minha transferência pro CED Chicão alavancou muito um processo em minha vida, e isso eu tenho de admitir, derrotado... Logo depois do meu ingresso na bendita escola, comecei a fazer muito movimento, tanto particular, tanto engajado. Talvez se trate de uma aura que permeia o ensino médio e entusiasma quem por este se envolve, movimentando incessantemente, assim como alguns antecessores que se deram lendas...
Um projeto da escola (do engraçado nome ‘Selfie Pedagógico’) – providenciado por um maravilhoso e inexistente destino – aproximou-me de um professor da escola – O glorioso Foca Franco -, que também era do movimento do skate e estava pilhado pra movimentar a cena do skate ali na escola. Eu totalmente admirado com a possibilidade do espasmo de um estabelecido, me juntei aos meus antigos amigos de rolê e assim, num encantamento que só deus sabe explicar, iniciamos um processo rápido e súbito que foi o da construção –linda – do evento que, numa hora dessas, vocês bem sabem do que se trata...
Pela primeira vez tive de botar em situação todo o meu aprendizado Supernoviano e periférico numa nova construção destacada do amor doméstico e favorável, que é o mundo da Supernova. Éramos de maioria leiga no processo pioneiro e solitário, mas tudo indicava a glória. E ainda que a distribuição das tarefas não tenha sido justa, eu já sabia da verdade que “tudo resulta”! E ainda mais, sabia também que estava – exatamente ali – começando todo um processo... Para com os meninos, para com o professor e para comigo.
Pós muito trabalho e desenvolvimento exaltado e exausto, estávamos razoavelmente estáveis, quase tudo pronto, só nos faltava a paciência e a fé no favorecimento – que já deveria ter me conquistado -...
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Etecétara Etecétara Etecétara
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Nas vésperas do grande dia, só o que me atormentava era a possibilidade de não conseguir o som. O Nilmar (que estava usando-o (o som) no dia 8) me prometeu que levaria o som lá pra minha casa logo quando terminasse seu uso. Disse-me que o som só chegaria “tarde”, e nem um pouco exagerou na relatividade desta dura palavra. Às três e vinte da manhã do grande dia, chagavam Nilmar e Isaac em minha casa, trazendo consigo e seus carros o tão esperado som. Enfim tudo pronto para o evento, ainda que com quase todo meu sono sacrificado... Só fui dormir às quatro horas e já as sete eu estava em pé, feliz e cessando com minha ansiedade.
Fui o primeiro a chegar à escola. O benevolente guarda – Conhecido como Júnior – me atendera e me tratara com tanta delicadeza, que tive de segurar minha demasiada correspondência sentimental para não abraçá-lo...
Dirigi-me até a quadra e lá fiquei só, andando no caixote da pixel que lá se encontrava. E não após muito tempo chegaram Maicom, com todo o seu gigantismo cuidadoso e Foca, com um turbilhão de cargas confusas e inebriantes – E que isso não se confunda com o pessimismo que mora em cada um! -. Sem mais ninguém nós arrumamos um bocado de coisa.
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Etecétara Etecétara
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Tudo já estava de certa forma, pronto. E nesta calma posta pelo destino, dediquei este espaço-de-tempo pra dar um role nos obstáculos, todos os postos sobre a quadra. Não durei muito até me machucar, dar um tempo no skate e voltar a trabalhar.
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Etecétara
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Uma e meia da tarde, o sol assim como o som estavam postos e prontos. A galera do skate começava a agregar no evento, o pessoal estava “colando”, como que formando uma calda neste cometa franciscano que foi o nosso evento.
Eu, como um abusado e soberano louco, atarefava tudo o que via e então, quando acabou o ócio, atarefei-me e fui feliz...
Então tudo estava pronto, só faltava agora, que a verdade provasse para mim que não mentia e assim, tudo resultasse!
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Etc
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Num novo súbito, alguns integrantes do “‘Móveis’” e uma galera que eu conhecia da Uniceff aparece no nosso evento... O professor tinha me avisado que iria vir uma banda tocar lá, mas nem para fortalecer minha expectativa, especificou mais o que iria vir. A batalha de rima estava acontecendo quando eles chegavam, na tranqüilidade, como um exótico bicho posto numa nova e desconhecida cadeia alimentar... Todos muito densos, preenchidos.
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A batalha acaba e finalmente eles começam a tocar.
Vejo o Cabeça, devana, ao fundo um bando de skatistas rápidos, por sobre a peculiaridade deformada do som que propagava as composições de Heitor Villa Lobos. A saudade, nostalgia e melancolia permeavam meus sentimentos. Via acontecendo um inevitável momento de sucessão. Eu dou um abraço no Dudinka, travo minha glâdula do choro e admiro toda a cena, todo o resultado.
Agradeço a todos que colaram no nosso evento, foi d’uma satisfação inenarrável.
Também agradeço a toda a equipe da Pixel skate shop. Toda a equipe do Chicão que estava organizando o evento. Todo o movimento Supernova
e todo o resultado
!!!

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