- Dum rápido relato da experiência da sucessão -
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A minha transferência pro CED Chicão alavancou muito um processo em minha vida, e isso eu tenho de admitir, derrotado... Logo depois do meu ingresso na bendita escola, comecei a fazer muito movimento, tanto particular, tanto engajado. Talvez se trate de uma aura que permeia o ensino médio e entusiasma quem por este se envolve, movimentando incessantemente, assim como alguns antecessores que se deram lendas...
Um projeto da escola (do engraçado nome ‘Selfie Pedagógico’) – providenciado por um maravilhoso e inexistente destino – aproximou-me de um professor da escola – O glorioso Foca Franco -, que também era do movimento do skate e estava pilhado pra movimentar a cena do skate ali na escola. Eu totalmente admirado com a possibilidade do espasmo de um estabelecido, me juntei aos meus antigos amigos de rolê e assim, num encantamento que só deus sabe explicar, iniciamos um processo rápido e súbito que foi o da construção –linda – do evento que, numa hora dessas, vocês bem sabem do que se trata...
Pela primeira vez tive de botar em situação todo o meu aprendizado Supernoviano e periférico numa nova construção destacada do amor doméstico e favorável, que é o mundo da Supernova. Éramos de maioria leiga no processo pioneiro e solitário, mas tudo indicava a glória. E ainda que a distribuição das tarefas não tenha sido justa, eu já sabia da verdade que “tudo resulta”! E ainda mais, sabia também que estava – exatamente ali – começando todo um processo... Para com os meninos, para com o professor e para comigo.
Pós muito trabalho e desenvolvimento exaltado e exausto, estávamos razoavelmente estáveis, quase tudo pronto, só nos faltava a paciência e a fé no favorecimento – que já deveria ter me conquistado -...
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Etecétara Etecétara Etecétara
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Nas vésperas do grande dia, só o que me atormentava era a possibilidade de não conseguir o som. O Nilmar (que estava usando-o (o som) no dia 8) me prometeu que levaria o som lá pra minha casa logo quando terminasse seu uso. Disse-me que o som só chegaria “tarde”, e nem um pouco exagerou na relatividade desta dura palavra. Às três e vinte da manhã do grande dia, chagavam Nilmar e Isaac em minha casa, trazendo consigo e seus carros o tão esperado som. Enfim tudo pronto para o evento, ainda que com quase todo meu sono sacrificado... Só fui dormir às quatro horas e já as sete eu estava em pé, feliz e cessando com minha ansiedade.
Fui o primeiro a chegar à escola. O benevolente guarda – Conhecido como Júnior – me atendera e me tratara com tanta delicadeza, que tive de segurar minha demasiada correspondência sentimental para não abraçá-lo...
Dirigi-me até a quadra e lá fiquei só, andando no caixote da pixel que lá se encontrava. E não após muito tempo chegaram Maicom, com todo o seu gigantismo cuidadoso e Foca, com um turbilhão de cargas confusas e inebriantes – E que isso não se confunda com o pessimismo que mora em cada um! -. Sem mais ninguém nós arrumamos um bocado de coisa.
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Etecétara Etecétara
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Tudo já estava de certa forma, pronto. E nesta calma posta pelo destino, dediquei este espaço-de-tempo pra dar um role nos obstáculos, todos os postos sobre a quadra. Não durei muito até me machucar, dar um tempo no skate e voltar a trabalhar.
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Etecétara
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Uma e meia da tarde, o sol assim como o som estavam postos e prontos. A galera do skate começava a agregar no evento, o pessoal estava “colando”, como que formando uma calda neste cometa franciscano que foi o nosso evento.
Eu, como um abusado e soberano louco, atarefava tudo o que via e então, quando acabou o ócio, atarefei-me e fui feliz...
Então tudo estava pronto, só faltava agora, que a verdade provasse para mim que não mentia e assim, tudo resultasse!
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Etc
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Num novo súbito, alguns integrantes do “‘Móveis’” e uma galera que eu conhecia da Uniceff aparece no nosso evento... O professor tinha me avisado que iria vir uma banda tocar lá, mas nem para fortalecer minha expectativa, especificou mais o que iria vir. A batalha de rima estava acontecendo quando eles chegavam, na tranqüilidade, como um exótico bicho posto numa nova e desconhecida cadeia alimentar... Todos muito densos, preenchidos.
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A batalha acaba e finalmente eles começam a tocar.
Vejo o Cabeça, devana, ao fundo um bando de skatistas rápidos, por sobre a peculiaridade deformada do som que propagava as composições de Heitor Villa Lobos. A saudade, nostalgia e melancolia permeavam meus sentimentos. Via acontecendo um inevitável momento de sucessão. Eu dou um abraço no Dudinka, travo minha glâdula do choro e admiro toda a cena, todo o resultado.
Agradeço a todos que colaram no nosso evento, foi d’uma satisfação inenarrável.
Também agradeço a toda a equipe da Pixel skate shop. Toda a equipe do Chicão que estava organizando o evento. Todo o movimento Supernova
e todo o resultado
!!!
1 Comentários
Do meu primeiro contato com o sentimento de suceder... Foi lindo!
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